Revolução Moral
Quem são todos estes que ao meu lado estão? Estes que como eu buscam expressar os sentimentos em palavras? Hoje não mais com o papel e a caneta, nem em cúpulas de intelectuais com seus manuscritos, mas sentados diante de uma máquina. Solitários, ansiamos por um novo tempo. Um momento de paz que cada vez dista mais e mais de nossas almas tão desamparadas.
É momento de mudar, mas porque tantos questionamentos? Será que estamos prontos para algum tipo de mudança? Talvez seja pela circunstância. Modificações nos são impostas a toda hora, nos adaptamos quase que imediatamente, parecemos condicionados a aceitar novos modelos sem questionar.
A humanidade busca este sentimento de paz, que é algo abstrato, desde o princípio, da criação, quando o pessoal do paraíso mordeu a maçã. Surgimos em meio a uma guerra. Não uma guerra no sentido de luta armada, mas uma guerra moral que eclode dentro de cada coração. A guerra dos valores, onde a maioria é movida por sentimentos malignos, como o ódio, a raiva, a ira e a sede por vingança.
O que vejo hoje não é surpresa para mim, ao menos. Estamos vivendo o efeito das ações passadas. Mas confesso que por alguns instantes me senti transtornado diante das proporções estratosféricas de ambição que o ser humano atingiu. Alguém me disse que está seriamente abalado, que tudo é muito estranho, que está em crise existencial e tem vergonha de ser um homo sapiens. Que não descobre sentido em mais nada, dinheiro, trabalho, realizações pessoais, conhecimento. Para quê? Para depois destruir com erudição?
No atual estágio de evolução do ser humano encontrar o verdadeiro significado dos fatos é uma tarefa intrincada, praticamente impossível. Nestes períodos de conflitos externos voltam à tona as clássicas perguntas “Quem sou?”, “De onde venho?” e “Para onde vou?”.
Neste caso acredito que as respostas de ontem já não se enquadram mais no contexto atual. Nós, seres pensantes que estamos aqui em frente à maquina, temos o dever de descobrir as novas respostas, as soluções para nossos anseios mais íntimos. Nós somos a “arma” para vencer esta nova guerra sem precedentes históricos registrados. Temos que viver a realidade sem utopias, lutar contra aqueles que ainda crêem que a revolução se faz nas ruas, com armas em punhos e sangue de inocentes derramado tido como troféus. A batalha dos que estão resignados do orgulho e aspiram pela paz começou há séculos, e hoje estamos aqui, como frutos da inteligência que no passado foi reprimida.
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