Sob nossos pés tramitam os pensamentos infortúnios das grandes bestas do apocalipse – hoje mais atentas que nunca. Os comandantes do inferno estão em cúpula, na espreita. Lá em baixo só esperam um sinal verde daqui de cima para "aterrorizarem" nossa Terra não-prometida. Neste século, que já não é o mesmo de ontem, sentiram-se assim, tão excitados, somente quando um homem pensou que pertencesse a uma raça superior à humana.
Mas estas bestas já estão soltas há tempos, sobreviveram há séculos alimentando-se do ódio, da raiva, da inveja e do falso poder dos homens. Discursos inflamados em nome de Deus agitam a mente das massas. E estas, por sua vez, continuam tomando o nome de Deus como testemunho para os atos mais horrendos.
Nada hermética, ao contrário, a situação está muito clara – até demais. Falar em coração hoje é heresia, uma afronta ao poder absoluto das bestas. Os valores não valem mais nada. O que conta é o sangue, o desespero, a hipocrisia. Quem destrói mais é o vencedor, isto é fato, já estamos condicionados a aceitar. Mas então qual deveria ser o título daquele que mais constrói?
" É a verdade o que assombra, o descaso o que condena, a estupidez o que destrói." Não é profecia, não. São as palavras do poeta que se confirmam. Afinal, quem é a parte má? Deus, Alá, Oxalá - seja o que for -, ou o Diabo? Ao consultar o passado, muitos dizem que os maiores crimes foram cometidos em nome de Deus. Um Deus covarde, sanguinário e cruel? Não, absolutamente. Os crimes foram cometidos sim, mas Deus não foi responsável, apenas serviu de apoio e, por sinal, sem ter chance de se expressar. O que gerou – e continua produzindo estas atrocidades – são homens de pensamentos maldosos que foram criados no seio da inveja e do orgulho.
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