Textinho final da Uniglobo.
Uma informação nem sempre é um fato. Em TV então, onde a guerra da audiência começa a ter forte influência no jornalismo diário, muitos fatos são alardeados. Ninguém melhor que um repórter para, na inocência de prestar serviço, transformar um boato em notícia.
Há que se ter cuidado, uma pauta nem sempre pode ser transformada.
500 é 500. Mas e quando assistimos aquele jabá que nem parecia tal?
Para montar uma pauta de qualidade é preciso acreditar na história.
A decupagem permite uma primeira visualização concreta do que vai ser a matéria.
As câmeras HD permitem ainda uma pré-decupagem.
Ver a imagem não basta. É preciso deixar elas falarem. E as imagens falam a língua dos repórteres. Essa língua tem indefinidos dialetos em várias vozes. O texto da TV é sonoro e conduz as imagens palavra por palavra, bg por bg ou até mesmo no silêncio.
As imagens são indeterminadas e nem todas com significado evidente. Ai a dificuldade em traduzi-las no som das palavras. Uma passagem pode muitas vezes ser o resumo da história ou o momento mais marcante de um VT.
Sem ritmo as imagens são como notas perdidas. Um bom jeito de não desafinar é trocar palavras com o parceiro da câmera. Afinal, é ele que assistiu primeiro do que todos.
Ele também carrega o tão temido monstro para alguns entrevistados: a câmera.
Alguns ficam tão nervosos, travam . E quando vêem o microfone? Desmaios e ataques de bipolaridade. Por outro lado, há quem adore um banho de luz e já está acostumado com o sangã. Dois sujeitos distintos que só terão um bom desempenho se bem conduzidos pela equipe de reportagem.
Bom mesmo é aquela entrevista que não estava agendada. Nem a equipe de reportagem e nem a futura personagem estavam comprometidas até que: acontece. E quando percebemos já aconteceu e foi uma entrevista que um produtor só vai conseguir quando virar repórter.
A possibilidade de contato com essas personagens é menor no hardnews, porém testemunhamos quase que constantemente. Quando existe a possibilidade de produzir uma série ou uma reportagem especial, temos mais tempo de mergulhar no universo do tema. Tamanha imersão proporciona somar infindáveis elementos que dão espaço para um nobre momento na televisão, o jornalismo “aprofundado”.
Voltando à realidade das fontes, aquela expressão que todos ouviram na universidade “um jornalista nunca revela suas fontes” permeia as idéias de como trata-las. Depende do tipo: fonte inesgotável, fonte instantânea ou fonte furo.
A fonte inesgotável tem cara de release. A instantânea apresenta-se de forma bruta. A fonte furo pode estar na esquina do estacionamento da imprensa.
E quando a fonte é um amigo ou quer se transformar em um? Sinal vermelho: imparcidalidade sob ameaça.
Ainda mais hoje quando todo mundo pode ser fonte. Até o Google é fonte.
O mecanismo pode ser fonte para quem não é repórter. A Internet agilizou o trabalho do repórter, mas não o de televisão. Pelo menos aqui no Brasil. Não é possível editar uma matéria online. Se para o repórter que não é de TV a Internet é o ovo de Colombo, para o de TV nem tanto. Pense num carro com um microlink via satélite.
Há que se ter cuidado, uma pauta nem sempre pode ser transformada.
500 é 500. Mas e quando assistimos aquele jabá que nem parecia tal?
Para montar uma pauta de qualidade é preciso acreditar na história.
A decupagem permite uma primeira visualização concreta do que vai ser a matéria.
As câmeras HD permitem ainda uma pré-decupagem.
Ver a imagem não basta. É preciso deixar elas falarem. E as imagens falam a língua dos repórteres. Essa língua tem indefinidos dialetos em várias vozes. O texto da TV é sonoro e conduz as imagens palavra por palavra, bg por bg ou até mesmo no silêncio.
As imagens são indeterminadas e nem todas com significado evidente. Ai a dificuldade em traduzi-las no som das palavras. Uma passagem pode muitas vezes ser o resumo da história ou o momento mais marcante de um VT.
Sem ritmo as imagens são como notas perdidas. Um bom jeito de não desafinar é trocar palavras com o parceiro da câmera. Afinal, é ele que assistiu primeiro do que todos.
Ele também carrega o tão temido monstro para alguns entrevistados: a câmera.
Alguns ficam tão nervosos, travam . E quando vêem o microfone? Desmaios e ataques de bipolaridade. Por outro lado, há quem adore um banho de luz e já está acostumado com o sangã. Dois sujeitos distintos que só terão um bom desempenho se bem conduzidos pela equipe de reportagem.
Bom mesmo é aquela entrevista que não estava agendada. Nem a equipe de reportagem e nem a futura personagem estavam comprometidas até que: acontece. E quando percebemos já aconteceu e foi uma entrevista que um produtor só vai conseguir quando virar repórter.
A possibilidade de contato com essas personagens é menor no hardnews, porém testemunhamos quase que constantemente. Quando existe a possibilidade de produzir uma série ou uma reportagem especial, temos mais tempo de mergulhar no universo do tema. Tamanha imersão proporciona somar infindáveis elementos que dão espaço para um nobre momento na televisão, o jornalismo “aprofundado”.
Voltando à realidade das fontes, aquela expressão que todos ouviram na universidade “um jornalista nunca revela suas fontes” permeia as idéias de como trata-las. Depende do tipo: fonte inesgotável, fonte instantânea ou fonte furo.
A fonte inesgotável tem cara de release. A instantânea apresenta-se de forma bruta. A fonte furo pode estar na esquina do estacionamento da imprensa.
E quando a fonte é um amigo ou quer se transformar em um? Sinal vermelho: imparcidalidade sob ameaça.
Ainda mais hoje quando todo mundo pode ser fonte. Até o Google é fonte.
O mecanismo pode ser fonte para quem não é repórter. A Internet agilizou o trabalho do repórter, mas não o de televisão. Pelo menos aqui no Brasil. Não é possível editar uma matéria online. Se para o repórter que não é de TV a Internet é o ovo de Colombo, para o de TV nem tanto. Pense num carro com um microlink via satélite.
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